segunda-feira, 27 de agosto de 2012

mandala







Como um cachorro amarrado a um poste
por seu dono, como um cachorro preso
à trilha circular onde há um mesmo
rolar das horas até que o estoque
do tempo esgote, no fim, pulando casas
como um dado fadado a uma roleta
já viciada, assim como a cabeça
na vertigem de orbitar desusadas
trilhas, pela emoção mortal do salto
no abismo, e como se ainda voltando
a de novo saltar e ali querer, nos
círculos infinitos (quando calmo),
apagar o sentido dispersando                            
quintessências no quinto dos infernos.     

(por Nuno Rau)

Nenhum comentário: