segunda-feira, 26 de abril de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
de um soneto de Tite de Lemos
Diário de Franz Kafka, 21 de junho de 1913
quarta-feira, 21 de abril de 2010
labirinto, paraíso
O meu desejo vagou por cada sombra
do labirinto, quer dizer, do paraíso
e se contaminou, riscando
com as unhas mensagens nos muros
até que escorresse o sangue, não sei
se do muro, das letras ou
da pele – se elas sangram não importa
mais, as dores
eram outras e esperavam
congeladas dentro do corpo, bomba
subterrânea que murmura “a qualquer
momento, a qualquer
momento”.
domingo, 11 de abril de 2010
o corpo
o corpo, mas um pouco além
do corpo, o que o inflama na vertigem
dos hormônios (sim, os hormônios
e suas trilhas velozes, milhares de milhas
por dentro através das décadas, sempre
por dentro, ou mais, cada vez
mais rumo a um longínquo centro carregando
no espaço
de cada instante o que se quer dizer
pelo calor da pele), os poços
escuros onde você afunda
a carne, estreitos,
mas aquilo que acende a sua urgência,
sem nome e sem itinerário,
à deriva como estas
linhas, como estar agora
aqui.
do corpo, o que o inflama na vertigem
dos hormônios (sim, os hormônios
e suas trilhas velozes, milhares de milhas
por dentro através das décadas, sempre
por dentro, ou mais, cada vez
mais rumo a um longínquo centro carregando
no espaço
de cada instante o que se quer dizer
pelo calor da pele), os poços
escuros onde você afunda
a carne, estreitos,
mas aquilo que acende a sua urgência,
sem nome e sem itinerário,
à deriva como estas
linhas, como estar agora
aqui.
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