domingo, 2 de maio de 2010

descobri que Montaigne também gostava de uma birita, além de saber das coisas.


[...] em sociedade deve prestar atenção a tudo, [...] os primeiros lugares são muitas vezes ocupados pelos menos capazes e o bafejo da sorte quase nunca atinge os competentes. [...] não raro, enquanto conversam à cabeceira da mesa acerca da beleza de uma tapeçaria ou do sabor da malvasia, bons ditos se perdem do outro lado. Terá de sondar o valor de cada um: boiadeiro, pedreiro ou viandante. Cada qual em seu domínio pode revelar-nos coisas interessantes e tudo é útil para nosso governo." (MONTAIGNE. Ensaios I. Cap. XXVI. p. 83. 1580)

do Pessoa...


Não sei que sentido tem esta viagem que fui forçado a fazer, entre uma noite e outra noite, na companhia do universo inteiro. Sei que posso ler para me distrair. [...] e, de vez em quando, ergo os olhos do livro onde estou sentindo verdadeiramente, e vejo, como estrangeiro, a paisagem que foge [...] e tudo isso não é mais para mim do que um episódio do meu repouso, uma distração inerte em que descando os olhos das páginas demasiado lidas.

sábado, 1 de maio de 2010

fragmento


"Encontro pela vida milhões de corpos; desses milhões posso desejar centenas; mas dessas centenas, amo apenas um".

Roland Barthes, Fragmentos de um discurso amoroso.