domingo, 11 de abril de 2010

o corpo

o corpo, mas um pouco além
do corpo, o que o inflama na vertigem
dos hormônios (sim, os hormônios
e suas trilhas velozes, milhares de milhas
por dentro através das décadas, sempre
por dentro, ou mais, cada vez
mais rumo a um longínquo centro carregando
no espaço
de cada instante o que se quer dizer
pelo calor da pele), os poços
escuros onde você afunda
a carne, estreitos,
mas aquilo que acende a sua urgência,
sem nome e sem itinerário,
à deriva como estas
linhas, como estar agora
aqui.

3 comentários:

Jota Growski disse...

Nunão, seu blog é fantástico. Vou comentar(?)sôbre o seu slogan super criativo: "...poeta só se fode...". Pura verdade! Não sou poeta, mas todas a vezes em que me arvorei, mifu.

Nuno Rau disse...

Pois é, Zé. O slogan é mera constatação do fato...rs
Venha sempre que sua presença é sempre bem vinda, e vc está aconstumado aos corredores não tão claros da vida, assim como eu.
Abração!

Antônio disse...

Estive por aqui e curti. Parabéns pelo blog. Os poemas(os meus)
estarão com você brevemente. Um forte abraço!