Como um cachorro amarrado a um poste
por seu dono, como um cachorro preso
à trilha circular onde há um mesmo
rolar das horas até que o estoque
do tempo esgote, no fim, pulando casas
como um dado fadado a uma roleta
já viciada, assim como a cabeça
na vertigem de orbitar desusadas
trilhas, pela emoção mortal do salto
no abismo, e como se ainda voltando
a de novo saltar e ali querer, nos
círculos infinitos (quando calmo),
apagar o sentido dispersando
quintessências no quinto dos infernos.
(por Nuno Rau)
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